Sexy, divertida, irreverente...uma figura absolutamente incontornável.
Marilyn Monroe idolatrava aquilo que calçava! Nada fútil, mas sim muito inteligente.
Sabem porquê?
Então aproveitem para ler este artigo muito interessante!
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Com muito estilo...assim caminha a humanidade
Marilyn Monroe dizia: ''Não sei quem inventou o salto alto, mas toda mulher deve muito a ele.'' Do alto dos saltos que a imortalizaram como uma das mulheres mais sexy do século, ela sabia do que estava falando. Metonímia da personalidade, os sapatos definem e resumem quem os usa. Marilyn só não sabia que os saltos foram justamente inventados para proteger os pés de quem andava pelas ruas empoeiradas de séculos atrás. Não sabia também que, hoje, os saltos não são a única exclusividade quando uma mulher quer desfilar elegância e sensualidade. Sandálias rasteirinhas, tênis, sapatilha, coturno podem fazer maravilhas em um visual.
Depois de passarem séculos amordaçados em bottines, ganharem uma leitura sexy nos anos 20, uma cara sisuda e pragmática nos anos de Guerra, voltarem ultra-femininos no pós-Guerra, ganharem cor, praticidade, atitude a partir dos anos 50, hoje os sapatos literalmente podem tudo. De meia-patas a escarpins, de mules a crocs, passando pelas já mundiais Havaianas, os calçados são ítens cada vez mais básicos e, ao mesmo tempo, mais ''fetiche'' no universo fashion. Exemplo? Na capa do já clássico O Diabo Veste Prada, em vez de um look, é um escarpin vermelho ''com salto de tridente'' que define o visual do filme.
Para quem quer entender melhor como a humanidade tem caminhado ao longo das últimas décadas, Sapatos - Crônica de Uma Sedução 1900 - 2008 é um belo guia. Idealizado para o público especializado, o livro está despertando tanto interesse que deve chegar ao público neste segundo semestre. Com edição da Francal, terá distribuição exclusiva da Livraria Cultura. Sob a coordenação da jornalista Perla Nahum, o livro traça linhas do tempo e do estilo que fizeram a história do sapato. Para dividir com ela a tarefa, Perla convocou uma equipe de especialistas. Além de Fernando de Barros, que, in memoriam, abre a publicação com um tratado sobre a porção Cinderela de cada mulher. ''O mundo está cheio de mulheres poderosas, com histórias ligadas aos sapatos'', afirma ele, que coordenou a primeira edição de Sapatos, em 1991.''A segunda edição ficou a meu cargo. E não poderia ser aberta com outro texto senão o do Fernando. Ele foi um mestre, conhecedor profundo da alma feminina. Amado, sedutor e cúmplice, como o sapato de Cinderela.'' - conta Perla.
Para completar o time, há nomes como Costanza Pascolato, Cynthia Garcia, José Simão, Lilian Pacce, Nirlando Beirão, Regina Guerreiro. É Regina quem lança um olhar sobre o século 20 e conta como de artigos de leis, que obrigavam as saias a deixarem os pés quase totalmente cobertos, o mundo passou a contar com sapatos com cada vez mais personalidade, cor, materiais e formatos variados. Das botinhas que enfeitavam os pés da moda francesa no fim do século 19 aos Manolo Blahnik de Carrie, muita sola se gastou para tornar os sapatos mais confortáveis. ''Toda mulher tem seu lado Carrie. Sapatos são a base para tudo. Definem se você está informal, sensual, esportiva ou sofisticada'', diz Lilian Pacce, que narra a revolução que os pés sofreram quando o rock e a alta-costura resolveram se unir em plenos anos 50. Rock, pós-Guerra, jovens rebeldes , o agulha de Marilyn...
Estadão de Hoje, 16 de Julho de 2008
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080716/not_imp206559,0.php
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